Rio -  Lembro de quando eu era criança em que uma loja anunciava na TV que vendia todos os seus produtos por preço de banana (o que sugeria que os preços eram bem baratos). Fui ao supermercado esta semana e me espantei. A banana prata, por exemplo, estava custando mais de R$ 4, o quilo. Aliás, antigamente a banana era vendida em dúzias e não em peso, além do fato de ser uma das frutas mais baratas. Os tempos mudaram tanto que o quilo da banana custa mais do que um quilo de arroz e de feijão juntos. Outro fruto que está proibitivo é o tomate, que passa de R$ 6, o quilo . A batata inglesa e ovo também tiveram os custos disparados.

A alface e as folhagens em geral estavam feias e igualmente caras. Por que tudo isso? Parte da resposta vem de problemas climáticos, de certa forma até esperados nesta época. A outra parte da resposta vem dessa greve de caminhoneiros, com o bloqueio das principais estradas do País, que fez com que muitas cargas não chegassem aos destinos e se estragassem pelo caminho. Os motoristas fecharam até a Via Dutra, que liga o Rio a São Paulo, a estrada mais importante do País. Como o Rio importa cerca de 85% de tudo que se come aqui, os preços dos alimentos que já andavam elevados, encareceram ainda mais.

Pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Supermercados constatou que em junho, antes da greve, uma cesta formada por 35 itens aumentou, em média, 0,33%. Considerando o período de um ano, os preços já subiram 7%. Mais uma vez se confirmou aquilo que você já sabia e já está sentindo no bolso. Os alimentos estão caros e vão encarecer mais até que o abastecimento se normalize. Por isso, você tem ficar esperto e não comprar os produtos com preços exageradamente elevados, porque eles devem baixar em até uma ou duas semanas.

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