sábado, 8 de dezembro de 2012

Assassinos de botos no Brasil



sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Matadores de botos no Rio Tocantins:

Arrancam olhos para vender como amuletos do amor

Por Ulisses Pompeu 
Boto morto no rio Tocantins (2)Nos últimos meses ambientalistas têm flagrado botos boiando no rio ou encalhados em alguma praia entre Marabá e Itupiranga, vítimas de uma matança desenfreada desses animais sem que haja uma ação enérgica por parte das autoridades. O assunto ganhou repercussão nacional e incomodou até mesmo a Procuradoria Geral da União, que designou o MPF (Ministério Público Federal) para investigar, assim como a Polícia Federal.
No último domingo, dia 2, na Praia do Meio, César Peres, da ONG Mepa (Movimento Educacional para Preservação da Amazônia) encontrou mais um boto assassinado e, estranhamente, com os olhos retirados. Segundo ele, este fato está ficando cada vez mais comum ao longo do rio, mas prefere não apontar culpados, uma vez que precisa manter uma relação de confiança com pescadores e ribeirinhos.
Segundo uma lenda amazônica, à noite o boto sai das águas e se transforma em um rapaz elegante e cordial, irresistível a qualquer senhorita. O mito é tão presente no imaginário popular que, há décadas, os predicados do boto viraram oportunidade de negócio.
Em alguns mercados da Região Norte, vendem-se pequenos vidros com pedaços dos órgãos sexuais do animal ou os olhos imersos no óleo ou no perfume, como amuletos do amor. São ampolas de vidro cujo rótulo anuncia o poder de sedução do boto. Prometem ajudar a amarrar para sempre o amado ou a amada. Mas são ilegais: vender pedaços de bichos da fauna brasileira é crime ambiental.

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