domingo, 11 de novembro de 2012

Polícia Militar do Rio de Janeiro entra  na Faxina ?


Faxina na PM

Beltrame: cortando na carne
Se o cronograma de José Mariano Beltrame não mudar, uma grande faxina será realizada em um batalhão da PM do Rio de Janeiro até o fim de novembro. A investigação começou pela Polícia Federal – que tinha uma quadrilha de traficantes como alvo – e foi passada para a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro.
Nas escutas telefônicas, os agentes flagraram mais de 60 policiais militares recebendo propina, não só dos traficantes que deveriam combater, mas também da máfia do jogo do bicho.
Por Lauro Jardim

DOMINGO, 11 DE NOVEMBRO DE 2012

VOLTA REDONDA - Presos suspeitos de tentar matar PM da UPP

Agentes do Serviço de Inteligência (P-2) do 28º Batalhão da PM (Volta Redonda) prenderam na tarde de hoje (11), os irmãos Tiago de Almeida Vidal, de 26 anos, e Thiarlen de Almeida Vidal Silva, o Tiquinho, de 21. Eles são suspeitos de tentarem matar a pauladas, o policial militar Diego Martins de Freitas, de 30 anos.

Segundo os agentes da P-2, Diego foi espancado após socorrer o próprio pai, Marco Aurélio de Freitas, de 58 anos, que já estava sendo agredido pela dupla. O crime aconteceu no início da madrugada deste domingo, no Parque São Jorge, no Santo Agostinho. Os irmãos foram detidos na casa deles na Rua Barão da Mauá, no mesmo bairro.

O policial permanece internado em estado grave, no Hospital São João Batista, mas não corre risco de morte. Ele, que estava de folga e a paisana, trabalha na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, no Rio.

- Diego ao tentar impedir que o pai continuasse apanhando, levou uma paulada na cabeça, de um dos irmãos. Ele caiu desmaiado, mas a dupla continuou as agressões com chutes e pontapés. Populares conseguiram deter os irmãos e socorrer as vítimas. Os próprios parentes de Tiago e Thiarlen disseram que eles estavam drogados e alcoolizados quando agrediram as vítimas - informou um dos agentes.

O policial explicou que os dois irmãos já tinham arrumado confusão com outras pessoas, antes de agredirem o policial e o pai dele. Os agentes descobriram ainda que Thiarlen já teve passagem pela polícia por tráfico de drogas e responde inquérito por homicídio.

Testemunhas acreditam que os dois irmãos não se sentiam a vontade para vender drogas, sabendo que tinham o policial como vizinho. Eles foram levados para a 93ª DP (Volta Redonda), onde foram indiciados por tentativa de homicídio.

Dois militares do Exército são detidos com carro roubado no Jardim América

Policiais do Batalhão de Olaria (16º BPM) detiveram quatro homens, entre eles dois militares do Exército, com um carro roubado, no Jardim América, na zona norte do Rio, na manhã deste domingo (11). Segundo os PMs, um dos militares é filho de um policial civil.
Os policiais receberam informações de que um grupo de criminosos praticava assaltos na área de patrulhamento do 16º BPM. Durante um patrulhamento, os PMs se depararam com o Fiat Uno preto, onde estavam os suspeitos. Após verificação, os policiais constataram que o carro é roubado.
Dentro do carro, foram encontrados muitos objetos que teriam sido roubados, como bolsas femininas, dinheiro, joias, telefones. A polícia acredita que o grupo praticou vários roubos na região.
Um quinto suspeito de integrar o grupo deu entrada baleado no hospital Balbino, em Olaria. Ele teria sido baleado durante uma suposta tentativa de roubo. O caso foi registrado na Delegacia da Penha (22ª DP).
Uma vítima esteve na delegacia, reconheceu o carro e encontrou seus documentos dentro do veículo. Ela, no entanto, disse não ser capaz de reconhecer os criminosos porque eles usavam capuz.

Polícia Militar apreende 78 quilos de maconha na favela de Antares


Policiais do 27º BPM (Santa Cruz) apreenderam 78 quilos de maconha durante operação na manhã deste domingo (11) na Favela de Antares, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio. Desde as 5h de sábado (10), 80 homens do batalhão ocupam a comunidade de Antares e do Rola, com o apoio de dois veículos blindados.
No sábado, foram apreendidas 12.492 trouxinhas de maconha hidropônica, 1.522 sacolés de cocaína, 620 trouxinhas de desireé (mistura de crack com maconha), 247 cápsulas de cocaína, 30 frascos de cheirinho da loló, um rádio transmissor, material para endolação e um caderno com anotações do tráfico.
Segundo o comandante do batalhão, tenente-coronel Frederik Bassani, a operação nas comunidades não tem data e nem horário para terminar. O objetivo da ação, além de coibir o tráfico na região, é prender criminosos dessas localidades.

PM troca fuzis por armas não letais em áreas pacificadas, é fabricar notícia para outros paises acreditarem que a violência no Rio de Janeiro está controlada

É uma grande enganação e maldade, colocar os PMs para usar essas armas não letais nessas áreas que eles dizem estar pacificadas. Infelizmente os PMs são filhos de pessoas que as autoridades não consideram importantes, porque em um confronto com esses marginais que estão camuflados nessas áreas, já sabemos que vão morrer. Sugiro que os autores dessa genial ideia, ou representantes dessas Ongs que adoram aparecer nas Tvs, estejam a frente desses grupos de PM que passaram a usar esse equipamento não letal, quando os mesmo tiverem que fazer uma patrulha nessas áreas que eles insistem dizer que estão pacificadas. 
Falar-se em áreas pacificadas não justifica a retirada de fuzis, até porque vimos que na área das UPPs da Coroa e do Alemão policiais militares foram mortos. Outro dia, bandidos atiraram contra policiais militares e arremessaram um granada na Grota. São áreas verdadeiramente pacificadas? E o restante do Rio de Janeiro está pacificado? Há segurança para se circular pelas ruas do Rio de Janeiro, a qualquer dia e em qualquer hora? Vã ilusão. O governo Sérgio Cabral consegue iludir a população até mesmo no momento em que anuncia a retirada dos fuzis. Lamentável! 

FAXINA NA PM

Se o cronograma de José Mariano Beltrame não mudar, uma grande faxina será realizada em um batalhão da PM do Rio de Janeiro até o fim de novembro. A investigação começou pela Polícia Federal – que tinha uma quadrilha de traficantes como alvo – e foi passada para a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro.
Nas escutas telefônicas, os agentes flagraram mais de 60 policiais militares recebendo propina, não só dos traficantes que deveriam combater, mas também da máfia do jogo do bicho.

REVISTA VEJA

PM troca 273 fuzis por armas não-letais

Enquanto isso, as PMs, armadas de pistolas, cantam na inauguração da Flupp, a Feira Literária das áreas pacificadas, no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa

O site do governo do estado do Rio informa que a Polícia Militar está substituindo, gradativamente, fuzis das rádio-patrulhas que atuam no Rio de Janeiro por armas não-letais. No total, já foram 273 fuzis trocados por tasers, armamento de choque utilizado para imobilizar suspeitos durante ações policiais. Só na Zona Sul foram recolhidos cerca de 180 fuzis, segundo informou a coluna de Ancelmo Gois de hoje.

A Secretaria de Segurança já distribui 1.265 tasers. Essas pistolas emitem uma energia de 50 mil volts contra o corpo humano, mas com intensidade baixa, com 0,0036 ampère. O processo de retirada dos fuzis de parte das rádio-patrulhas acontece em áreas pacificadas.

Segundo o governo do estado, "os fuzis estão sendo endereçados a regiões onde seu uso ainda é necessário". No futuro, apenas as unidades especiais da Polícia Militar utilizarão o armamento. A primeira vez em que Beltrame falou sobre o fuzil como maior inimigo da cidade foi em entrevista aos leitores deste blog, em 2008. A tese do secretário é de que o uso desse armamento indiscriminadamente coloca a cidade em pé de guerra. Só que o mesmo fuzil que assusta as pessoas de bem também intimida os criminosos. É uma equação difícil de se resolver. 

Opinião do  REPÓRTER DE CRIME
Num ponto, o secretário de Segurança acerta. Quanto menos fuzis houver nas mãos de policiais menos chances haverá de essas armas chegarem às mãos dos criminosos.


Os recentes acontecimentos de Niterói despertaram preocupação do comando geral da Polícia Militar.

Em entrevista exclusiva ao Fluminense, Coronel Erir Ribeiro fala sobre segurança pública. Entrevista também vai ao ar neste domingo, às 19h, na TV O Flu

 Os recentes acontecimentos de Niterói despertaram preocupação do comando geral da Polícia Militar. Em entrevista exclusiva ao jornal O FLUMINENSE, o comandante-geral da corporação, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, falou sobre efetivo, migração e projetos para a cidade. Uma das medidas que será adota é o reforço de efetivo, que deverá acontecer em dezembro e o estudo para implantação de um batalhão para Maricá. Além disso, o coronel anunciou que as tropas especiais estão à disposição da cidade caso haja necessidade e que a instalação de UPPs é projeto do Estado e seguirá uma sequência.


Há 30 anos o efetivo de Niterói tinha 1.760 homens, hoje este número é de aproximadamente 830. Este número não seria insuficiente para controlar duas cidades (Niterói e Maricá)?
“Hoje o 12º BPM (Niterói) está com um reforço de 150 policiais do Proeis e 151 do RAS, e este efetivo escalado todos os dias representa um reforço de 300 homens nas ruas. No fim do ano vamos aumentar o efetivo. A partir de 1º de dezembro Niterói receberá mais policiais, eles participarão de formatura no dia 30 de novembro e serão deslocados para a cidade”. 

Os policiais que atuam no Proeis e RAS não possuem uma carga de trabalho desgastante, isso não o coloca em risco?
“O policial, nós sabemos que ele realizava bicos como segurança nas horas vagas, ganhando em média R$ 80. Hoje pelo Proeis e RAS ele tira R$ 150, com todos os benefícios que o estado fornece aos policiais militares. É um prêmio que nós sonhávamos há 30 anos”. 

A criação de um batalhão ou uma companhia independente para Maricá não amenizaria a situação da cidade?  
 “Já é um projeto antigo, mas antigamente quando nós criávamos um batalhão, retirávamos efetivos dos batalhões locais, por exemplo – no caso de Maricá os policiais seriam retirados dos 7º BPM (São Gonçalo), 12º BPM (Niterói) e 35º BPM (Itaboraí). Agora é tudo técnico, então nós vamos fazer isso. O estado está pronto para isso”.

As tropas especiais como o Bope e o Choque estão à disposição da cidade?
“Não somente da cidade de Niterói, como de todo estado. Se houver solicitação de apoio do comandante local, o comando da corporação irá apoiar, sempre com operações programadas”.

Sobre a ocupação de cabines policiais, a população de Niterói cobra um policiamento mais presente. Ao mesmo tempo estes policiais estariam fixos e fora de patrulhamento. Como resolver essa questão?
“A Polícia Militar analisa dados sobre a mancha criminal e às vezes uma pessoa leiga não tem conhecimento do que o próprio batalhão está fazendo. Os índices do 12º BPM estão caindo, o comandante do batalhão está buscando alcançar o melhor possível para a cidade. Mesmo com o policiamento ostensivo, que está nas ruas para inibir ações criminosas, estes fatos infelizmente acontecem e atingem a sociedade”.
Em termos práticos, qual é a resposta que a Polícia Militar dará à cidade de Niterói?
“A população de Niterói pode ficar tranquila porque o Estado, a Secretaria de Segurança e o comando da corporação sempre irão ajudar. Ela não pode ter dúvidas que a polícia ou estado vão intervir, mas tem que entender que não se produz policiais de uma hora para outra. Então, faremos o máximo possível para ajudar”.

Os leitores de O FLUMINENSE, através dos comentários das matérias e emails enviados, denunciam a chegada de criminosos aos morros de Niterói. Um exemplo disso está nas comunidades da Palmeiras e Coreia, onde desde o começo do mês traficantes rivais estão em guerra. Essa migração é real? 
“Hoje eu não posso afirmar que não existe. Nós fazemos um levantamento para saber de onde são as pessoas presas. O último estudo feito em março deste ano mostrou que em Niterói dos 600 presos apenas 30 eram do Rio. Se houver uma migração é possível que seja dos líderes, o que vende o entorpecente permanece na comunidade onde acabam presos. 

A implantação do trailer no Preventório trouxe mais tranquilidade aos moradores, mesmo assim ainda há denúncias sobre traficantes na região. Quando Niterói receberia a primeira Unidade de Polícia Pacificadora?
“Fico contente em saber que a população se sente tranquila no Preventório. A implantação de UPPs é um estudo fechado, um projeto que tem uma sequência. A secretaria de segurança tem um estudo, mas não podemos dizer nada sobre data”. 

Como o senhor observa a participação da população na utilização do Disque Denúncia?
“O Disque Denúncia é uma das maiores ferramentas que nos auxiliam na segurança pública. A participação da população é fundamental”.

Projetos anunciados como reforço em abril ainda não foram implementados, é o caso do policiamento montado. Há previsão para que isto aconteça?
“Estamos devendo o policiamento montado. Estamos terminando a obra para que Niterói receba este policiamento, tudo depende do término da obra. O efetivo ainda depende do comandante da cavalaria, mas a cidade vai perceber um bom número. Este tipo de patrulhamento deve ser alocado na Região Oceânica, conforme planejamento. Se for preciso, se houver necessidade e o comandante da unidade achar conveniente instalar a cavalaria em outros locais, será colocado”. 

A sede do 4º Comando de Policiamento de Área será transferida para o 3º Batalhão de Infantaria. A vinda do Quartel General para Niterói também está ligada a isso?
“Estamos reformando o 4º CPA, já que o QG está para ser vendido. Então nesta venda a transferência será feita e a previsão é para o próximo ano”.

O que o senhor pode dizer para a população de Niterói?
“Que ela pode acreditar no trabalho da Polícia Militar e Polícia Civil, apoiar o comando da corporação, ajudar e fiscalizar nossos policiais. Tenho recebido elogios dos moradores sobre o comando do batalhão e sobre o relacionamento com a população e isso é importante”.

Assista neste domingo, às 19 horas, na TV OFLU (Canal 12 da operadora SIM) à estreia do programa O Flu Entrevistas, com o Comandante Geral da PM coronel Erir Ribeiro. Ele detalha as próximas ações para reforçar a segurança em Niterói.

Agente penitenciário leva dois tiros e escapa com vida

O agente penitenciário Marcelo Ferreira Gomes, de 41 anos, foi vítima de uma suposta tentativa de assassinato em Del Castilho, na zona norte do Rio. Segundo o coronel Ivanir Linhares, do batalhão do Méier (3º BPM), Marcelo foi atingido por dois tiros, na perna e na região lombar, mas conseguiu escapar com vida e entrou andando no Hospital Salgado Filho, no Méier, na zona norte, onde passa por exames na noite deste sábado (10).
O atentado ocorreu na passarela que corta a avenida Martin Luther King. Marcelo havia estacionado o carro em uma rua de conjuntos habitacionais em Del Castilho quando, ao cruzar o viaduto em direção a um shopping center, foi chamado pelo nome por um homem.
Ao se virar, o agente percebeu que havia uma arma apontada contra ele. Marcelo começou a correr, mas foi alvejado por dois disparos. Ainda segundo Ivanir Linhares, a vítima não estava armada no momento do episódio.
Os médicos do Hospital Salgado Filho avaliam a necessidade de cirurgias. O caso foi registrado na delegacia de Inhaúma (44ª DP).

Só Deus pela nossa classe tão desvalorizada


SÁBADO, 10 DE NOVEMBRO DE 2012

Advogada acusada de ligação com o PCC é executada em São Paulo

 Uma advogada de 35 anos foi assassinada a tiros na madrugada deste sábado, enquanto conversava com amigos no pátio de um posto de combustível, na cidade de Araçatuba, a 530 km de São Paulo. Priscilla Soraia Dib, que atuava na área criminal, chegou a ser presa em 2011 e respondia a processo por formação de quadrilha e por passar informações privilegiadas para a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
O crime aconteceu por volta da 1h30, quando Priscilla estava sentada na traseira de sua caminhonete, uma Hilux, quando dois homens chegaram de moto e um deles desceu atirando com uma pistola 380. Segundo a Polícia, trata-se de execução. No momento dos tiros, dezenas de jovens estavam reunidos no pátio do posto Malibu, no cruzamento das avenidas Marcílio Dias e João Arruda Brasil, quando a moto estacionou com a dupla. Ao ouvir os disparos, os jovens iniciaram uma correria, tentando se proteger dos tiros. A Priscilla foi atingida no rosto, na nuca, no peito, nas pernas e nádegas, informou um dos PMs que participaram da ocorrência.
O serviço do Copom da Polícia Militar foi acionado, mas quando os PMs chegaram no local, a advogada já estava morta, caída na carroceria da caminhonete. A polícia ainda não identificou os autores do assassinato, que fugiram na moto após o crime. Testemunhas disseram que Priscila conversava com conhecidos quando foi surpreendida pelos criminosos. A polícia já ouviu testemunhas para tentar identificar os autores da execução.
A advogada foi presa em setembro de 2011, na operação Anaconda, realizada em conjunto entre os promotores do Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e polícias Civil e Militar. Ela ficou presa preventivamente até novembro daquele ano, quando foi libertada, mas ainda respondia processo em liberdade.
Priscilla deixa uma filha pequena.

Homem confessa estupros de duas mulheres na Zona Sul

O homem que agrediu duas estudantes de direito e estuprou uma delas no Hotel San Marco, em Ipanema, no fim da madrugada desta sexta-feira, e violentou uma moradora da Rua Joaquim Nabuco, em Copacabana, na útlima segunda-feira confessou na tarde deste sábado, que foi o autor dos crimes. João Iuri Ramos Campos, de 20 anos, foi apresentado na tarde deste sábado na 13ª DP (Ipanema). Ele foi preso por policiais rodoviários federais na Via Dutra, por volta das 10h. De acordo com a polícia, Iuri roubou no início da manhã mais três jovens em Ipanema e fugiu com o carro de uma delas. Ainda segundo a polícia, Iuri era garoto de programa e costumava frequentar a boate Le Boy, em Copacabana. O acusado é morador de Seropédica, na Baixada Fluminense.

PM infiltrou agentes na audiência do Maracanã

JORNAL DO BRASIL 

Os movimentos sociais que protestaram durante a audiência pública que discutiu o regime de concessão do Maracanã, nesta quinta-feira (8), acusam a Polícia Militar de infiltrar agentes à paisana no meio do público, como forma de intimidar os participantes. Este tipo de prática era típica dos tempos de ditadura. Diversos presentes relataram terem sido abordados e acusados de delitos.
Segundo informações dos manifestantes, os agentes seriam do Serviço Reservado (P-2) da Polícia Militar e atuaram descaracterizados para reprimir os que participavam do movimento. 
Um deles, o menor J., de 16 anos, foi acusado por um homem que se identificou como membro do P-2 de ter roubado um dos microfones usados no local. Ele foi levado por amigos até a deputada estadual Janira Rocha (PSOL-RJ), que impediu sua detenção. Para afastar as suspeitas, a parlamentar abriu a mochila do adolescente na frente de diversas pessoas, provando que a denúncia não procedia. Ela questionou a atuação de policiais na repressão de movimentos sociais:
"Não é algo democrático. É uma prática fascista e antidemocrática. É o mesmo procedimento usado pelos órgãos de repressão da Ditadura contra os movimentos sociais", acusou.
Além dos agentes do Serviço Reservado, policiais do Batalhão de Choque - estes devidamente fardados e identificados - fizeram parte do esquema de segurança durante a audiência pública. Algumas pessoas foram conduzidas para os fundos do Galpão da Cidadania, na Gamboa, em uma área restrita para o público. Elas eram acusadas de estarem praticando vandalismo. Um policial, que não quis se identificar, chegou a justificar a atitude, dizendo que não era uma detenção e que as pessoas apenas estavam sendo conduzidas para uma outra saída do local.
O relações-públicas da corporação, major Ivan Blaz, foi visto observando tudo que acontecia de uma área restrita no segundo andar do galpão. Questionado sobre a presença do oficial, que não estava fardado, e sobre as denúncias de ação irregular do Serviço Reservado, a Polícia Militar limitou-se a dizer que "ninguém foi detido".
De acordo com o pesquisador de segurança pública e ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Paulo Storani, o Serviço Reservado tem funções institucionais e disciplinares dentro da corporação, não é utilizada nesse tipo de ação:
"O Serviço reservado promove levantamento de dados para fornecer dados para as ações operacionais da Polícia Militar, monitorando policiais com desvio de conduta e colhendo dados através de informações de inteligência e informantes. De algum tempo abandonou-se a prática de infiltração", explicou.

http://sospoliciaismilitares.blogspot.com.br/ 

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