“Eu sofri assédio dentro da RedeTV! e sei porque o diretor não quis me pagar: porque eu não fiz o ‘teste do sofá’ com ele”. A denúncia contra a emissora paulista é feita pela modelo Priscila Vilela, que acusa também a RedeTV! de promover a prostituição e não cumprir seus contratos de trabalho. “Agora estão ameaçando me processar”.
O caso virou hit na internet e chegou até o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão do Estado de São Paulo, que organiza hoje, às 13h, um protesto em frente à sede da empresa. “Nós já sabíamos de histórias como essa, mas antes não tínhamos testemunhas”, afirma Sérgio Ipoldo, diretor-coordenador do Sindicato. Segundo ele, outras mulheres sofreram assédio semelhante, mas desistiram de fazer a denúncia após serem ameaçadas.
A emissora é acusada pelo Sindicato de outras violações graves como não depositar o fundo de garantia dos funcionários e não pagar hora-extra ou vale-refeição, mesmo após fechar acordo coletivo com a categoria. A falta de diálogo levou a entidade a enviar uma carta para a presidenta Dilma Rousseff pedindo sua intervenção. “Temos uma preocupação com os direitos trabalhistas, mas também com a questão da mulher, com a exploração da imagem da mulher. Achamos que esse episódio pode servir de exemplo para outras emissoras”, completa.
A tal modelo que fez o vídeo participou de um programa chamado “Teste de Fidelidade”, do apresentador João Kléber. A proposta da atração é, como o nome sugere, colocar à prova maridos ou esposas que são suspeitos de traição. Assim, cria-se uma situação onde uma pessoa contratada tenta seduzir, diante de câmeras supostamente escondidas, a vítima, enquanto o cônjuge acompanha tudo ao lado de João Kléber. A modelo, no caso, tinha o papel de persuadir o moço-bola-da-vez, utilizando-se de diversas “armas”, como por exemplo um vasto decote. Tudo bem encaixadinho no estereótipo mulher gostosa e fácil.
Ser criticado por desrespeito não é novidade para o apresentador e sua emissora. “Há mais de dez anos a RedeTV! e seu apresentador João Kléber violam a dignidade e os direitos das mulheres numa programação pretensamente humorística, mas que não tem nada de engraçada”, analisa Bia Barbosa, jornalista e membro do setorial da mulheres do Intervozes.
Em 2005, João Kléber teve seu antigo programa suspenso durante 30 dias após organizações de defesa dos direitos humanos obterem um direito de resposta coletivo. “Não à toa foram processados pelo Ministério Público Federal e organizações da sociedade civil e condenadas pela Justiça Federal por desrespeito aos direitos fundamentais”, lembra Barbosa.
“Depois a RedeTV! cancelou seu contrato e ele foi fazer piada em Portugal. Mal voltou, e já aparecem novas denúncias que comprovam que o respeito às mulheres – sejam as telespectadoras, sejam as funcionárias da rede – está longe de ser uma prática da emissora. A realidade é que a RedeTV! já cansou de dar motivos para ter sua concessão cancelada. O problema é que o Ministério das Comunicações, que deveria zelar pelo cumprimento da legislação pelos canais de TV, segue fazendo muito pouco diante da gravidade do que vemos por aí”, avalia.
“Nós, que trabalhamos com TV, sabemos como a coisa funciona. Os programas de auditório, por exemplo, fazem uma seleção para só colocar mulheres com saias curtinhas na frente das câmeras”, lamenta Ipoldo. Bundas, peitos, coxas: tudo para transformar a mulher em objeto sexual. Pedaços de carne que pretensamente levantam audiência. Para o Sindicato, basta lembrar que a emissora funciona graças a uma concessão pública para podermos questionar a qualidade de sua programação.
Ou, como bem resumiu a modelo em seu vídeo: “Eu não sei porque a RedeTV! está no ar ainda”.
A modelo Priscila Vilela, 24, que denunciou um suposto esquema de prostituição no programa "Teste de Fidelidade", da RedeTV!, afirmou em entrevista ao "F5" que desistiu de fazer trabalhos para a TV.
"Na televisão, eu não quero mais trabalhar. Só contratam modelos 'ficha rosa' mesmo", disse, referindo-se a profissionais que, além de participar de programas e desfiles, fazem sexo por dinheiro.
"O diretor [Rafael Paladia] me disse que era comum contratar prostitutas em outros programas da emissora."
Foi a segunda vez que a jovem fez um trabalho na TV. Antes, segundo ela, havia participado, mediante cachê, da primeira fila da plateia do extinto "Programa do Gugu", da Record.
"Só porque faço trabalho como modelo e já desfilei de lingerie, acharam que eu era prostituta". disparou Priscila.
No domingo (24), ela publicou no YouTube um vídeo em que dizia não ter recebido todo o seu pagamento pela participação na atração de João Kléber, que foi ao ar no último dia 14 de julho.
Na ocasião, ela interpretou uma "sedutora", que tinha como missão fazer um participante trair a namorada.
Reprodução/Facebook/PriscilaVilela
A modelo Priscila Vilela, que participou do "Teste de Fidelidade"
Procurada, a RedeTV! informou que a produção do "Teste de Fidelidade" "atua com absoluto profissionalismo e manifesta perplexidade e repúdio em relação à postura da artista".
O canal afirmou também que o cachê da atriz foi regularmente pago, "conforme recibo assinado, em poder da produção" e diz que "serão adotadas as medidas judiciais cabíveis".
Priscila rebateu afirmando ter recebido pagamento apenas da primeira diária de gravação do teste, no valor de R$ 500.
Ela diz faltar a quitação de segunda parcela de R$ 500, referente à gravação do confronto entre a namorada traída, ela e o namorado traidor no palco do "Teste de Fidelidade".
A modelo nega ter assinado qualquer contrato com a RedeTV! e afirma que também vai processar a rede.
Modelo freelancer, ela está sem agência e disse ter se inscrito para trabalhar no programa por indicação de um amigo.
"O João Kléber foi bem sério e profissional. Meu problema foi com o diretor", concluiu a modelo Priscila Vilela.
Uma vídeo caiu como uma bomba na madrugada desta segunda (5) no YouTube e nas redes sociais.
Priscila Vilela, que participou de uma das edições do “Teste de Fidelidade”, na RedeTV!, como "sedutora", fez graves denúncias contra o canal e contra o programa comandado por João Kleber.
Priscila disse que a atração é armada e gravada como uma novela: “Aquilo ali não é câmera escondida. É uma novela. A câmera fica na sua cara e o microfone é colocado nas nossas costas. É muito claro que é armado. Eu fiquei amiga do testado, para você ter uma noção", disse em um trecho do vídeo.
Ela pede seu cachê, que segundo apurações do NaTelinha, é de 600 reais.
Segundo Priscila, o dinheiro não foi pago, pois ela não aceitou dormir com o diretor da atração, Rafael Paladia: “Eu sei muito bem porque o diretor não quis me pagar. É porque eu não aceitei fazer o teste do sofá. Ele me falou que já pegou todas as 'sedutoras'. Toma vergonha na cara, RedeTV!”.
Ela também relatou que a emissora tem uma “ficha rosa” de modelos que se prostituem. “Eles fazem as meninas serem o que não é. Vocês acham mesmo que assistentes de palco, que ganham um cachê miserável, tem aquilo tudo por que?”, falou.
O NaTelinha entrou em contato com Priscila Vilela, que reforçou tudo o que disse no vídeo e comentou que sua vida virou um inferno: “Nossa, minha vida virou um inferno, sabe? Mas não ligo, o que é errado é pra se mostrar mesmo, pra que outras pessoas não caiam”.
Ela ainda ressaltou as acusações contra o diretor do programa: “O diretor queria que eu transasse com ele, isso foi bom pra ele aprender, e não só ele, mas todo mundo ver que ainda tem gente decente no mundo. Eu não preciso me prostituir pra trabalhar na TV e ele só não me pagou por causa disso”.
Procurada, a RedeTV! divulgou seu posicionamento sobre o caso: "A produção do programa 'Teste de Fidelidade' informa que atua com absoluto profissionalismo e manifesta perplexidade e repúdio em relação à postura da artista. Além disso, o cachê da atriz foi regularmente pago nos termos avençados, conforme recibo assinado, em poder da produção. Informa ainda que serão adotadas as medidas judiciais cabíveis".
Uma atriz contratada para viver a sedutora no Teste de Fidelidade, de João Kleber, denuncia esquema de prostituição nos bastidores da RedeTV!.
Em vídeo publicado na noite deste domingo (4), a modelo Priscila Vilela, 24, também acusa a emissora de calote e garante que a produção é armada, "gravada como uma novela".
- A RedeTV! não me pagou, me roubou. Gente, estou assim, horrorizada! Eu quero o meu cachê!
O blog apurou que Priscila foi contratada por um cachê de R$ 600. Sua participação foi ao ar no último mês de julho (foto acima). Na gravação, a modelo explica porque não teria sido paga:
- Sofri assédio! Não aceitei fazer o 'Teste do Sofá'. Ele [o diretor do programa] não quis pagar meu cachê porque eu não saí com ele
A modelo afirma que nos bastidores do programa de João Kleber rola o esquema em que ela chama de "Ficha Rosa".
As modelos da Ficha Rosa também estariam dispostas a fazer programas. E a diretoria da emissora só daria oportunidade para profissionais desta categoria. Vixe!
A RedeTV! ainda não se manifestou sobre as acusações. Abaixo, NÃO PERCA NIUM SEGUNDO do depoimento de Priscila. Coisa de novela:
Priscila Vilela, atriz contratada para o quadro “Teste de Fidelidade” exibido pela RedeTV e apresentado por João Kleber no dia 14/07/2013, afirma que não teria recebido seu cache. O motivo seria a recusa em fazer o famoso “teste do sofá” com o diretor do programa.
Em um vídeo disponibilizado no último domingo (04/08/2013), Priscila Vilela faz uma série de denúncias referentes ao programa “Teste de Fidelidade” e ameaça fazer um vídeo com detalhes sobre o que acontece nos bastidores do programa.
A modelo Priscila Vilela publicou um vídeo na internet neste domingo (04). Nele, ela afirma que levou um calote da Rede TV! e denuncia um suposto esquema de prostituição dentro da emissora, que negou tudo ao 'F5', site de entretenimento da Folha de S.Paulo.
Segundo Priscila, o canal não fez o pagamento de sua participação no programa 'Teste de Fidelidade', apresentado por João Kléber, no último dia 14 de julho. Ela diz que não recebeu porque se recusou a sair com o diretor, Rafael Paladia. E ainda garante que foi ameaçada por falar da situação.
"Eu sei muito bem porque o diretor não quis me pagar. É porque eu não aceitei fazer o teste do sofá. Ele me falou que já "pegou" todas as 'sedutoras'", concluiu a jovem.
"A Rede TV! é caloteira, não paga. A Rede TV! é safada, sem vergonha. É só putaria o que rola ali dentro. Só armação e manipulação em cima do povo!"
A emissora se defendeu em comunicado: "A produção do programa "Teste de Fidelidade" informa que atua com absoluto profissionalismo e manifesta perplexidade e repúdio em relação à postura da artista. Além disso, o cachê da atriz foi regularmente pago nos termos aventados, conforme recibo assinado, em poder da produção. Informa ainda que serão adotadas as medidas judiciais cabíveis."
Reprodução
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