Por serem falsificados, os aparelhos não contam com a certificação da Anatel
O Ministério, no entanto, ainda não sabe exatamente como esse bloqueio seria feito, mas já tem ao menos duas cartas na manga. A primeira é dar uma senha para cada pessoa que tem um celular no Brasil, atrelando um cartão SIM a um celular específico, o que complicaria a troca de cartão SIM. A segunda é pedir para as operadores bloquearem os IMEIs (números identificadores do aparelho) falsificados, muitas vezes usados nos xing-ling. Mas as próprias operadoras detectam que há aparelhos falsificados usando IMEIs genuínos e bloquear esse número poderia deixar clientes com aparelhos originais sem poder fazer ligação.
No ano passado as fabricantes estimam que o prejuízo com celulares falsificados chegou a R$ 1 bilhão de reais. Faço coro com o Felipe Ventura, do Gizmodo Brasil, que diz que uma redução de impostos por parte da Receita Federal poderia muito bem ajudar a diminuir esse prejuízo.
Com informações: Gizmodo Brasil , Folha Online .http://tecnoblog.net/56933/ministerio-publico-federal-quer-bloquear-aparelhos-falsetas/
22 DE AGOSTO DE 2012
Combate aos xing-lings: celulares chineses podem ser bloqueados de fazer ligações no Brasil
POR - FELIPE VENTURA 14 FEV, 2011 - 12:51
263 COMENTÁRIOS
Você deve ver muita gente por aí usando seus MP5/7/30 pra fazer ligações. Isso porque 20% das linhas de celular no país usam aparelhos sem certificação da Anatel, segundo apurou a Folha. Como celulares assim são proibidos por lei de operarem no Brasil, o Ministério Público Federal quer “desligar” esses celulares. Ou seja, seu xing-ling poderia de repente parar de fazer e receber ligações, não importando a operadora.
O MPF em Guarulhos prepara uma ação civil para combater os xing-lings. Mas como separar as cópias chinesas dos aparelhos oficiais? Isso não é tarefa fácil. Uma ideia do MPF é fornecer uma senha pra cada pessoa que usa celular: com essa senha, cada aparelho ficará associado a um chip. Com esse cadastro, daria para saber se o aparelho é legítimo ou não; celulares sem certificação da Anatel seriam bloqueados. Há problemas claros nessa solução: cada aparelho fica associado a um chip – e se eu trocar o chip do celular? Mas o procurador Matheus Magnani lembra que esta é uma alternativa possível, não definitiva.
Outra forma de identificar esses celulares fora-da-lei seria pelo IMEI, pelo número de registro único a cada aparelho. A operadora tem acesso a esse número quando você se conecta a ela, então é possível bloquear aparelhos com IMEI falsificado. Só que, desde o ano passado, as operadoras têm detectado aparelhos falsificados com IMEI autêntico – então bloquear esses aparelhos não é tão fácil quanto parece.
O bloqueio aos xing-lings não está decidido ainda, então não tem data para acontecer – depende do resultado da ação civil do MPF. E a medida não deve afetar aparelhos legítimos adquiridos no exterior.
Combate aos xing-lings
Os xing-lings ganharam bastante mercado nos últimos anos. É, os aparelhos têm durabilidade menor, podem causar riscos à saúde (por não terem sido testados) e não têm galantia, né? Mas, além de serem mais baratos que as alternativas oficiais, muitos deles comportam dois chips – o que é bom para clientes pré-pago que querem aproveitar promoções de duas operadoras, por exemplo.
E os vendedores parecem lucrar bastante com o negócio: segundo a Folha, um lojista de celulares xing-ling faturam R$80.000 em média, e o lucro dá cerca de 60% desse valor. Quem sai perdendo são as fabricantes dentro da lei: ano passado, as perdas estimadas com a venda de aparelhos xing-ling foram de R$1 bilhão, ou 20% da venda de aparelhos originais.
O problema não é exclusivo do Brasil – segundo a consultoria Gartner, a venda de aparelhos “paralelos” corresponde a 20% da venda de originais no mundo todo. Mas o combate aos aparelhos chineses no Brasil continua: além das operações da Polícia Federal, como a que vimos na Avenida Paulista semana passada, a Receita Federal está desenvolvendo software para decidir automaticamente quais contêineres fiscalizar (não dá pra fiscalizar todos), para combater a entrada ilegal de eletrônicos no país.
Claro, a Receita e a PF poderiam economizar esforços se o governo baixasse os impostos de importação, deixando as alternativas legais mais acessíveis. Se a ideia do imposto de importação alto é estimular a indústria brasileira, parece não estar dando muito certo: afinal, muita gente continua importando, mas sem pagar o imposto extorsivo. Pensem nisso. [Folha; FSP (somente para assinantes)]http://www.gizmodo.com.br/combate-aos-xing-lings-celulares-chineses-podem-ser-bloqueados-de-fazer-ligacoes-no-brasil/
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14/02/2011 - 05h00
Celulares clandestinos já são 20% do total
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DE SÃO PAULO
A invasão de celulares clandestinos da China virou problema para as teles. Hoje, 20% das 202,9 milhões de linhas no país usam aparelhos sem certificação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), informa a reportagem deJulio Wiziack e Camila Fusco publicada na edição desta segunda-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).Entre os clientes pré-pagos, o índice atinge 40% em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
Os números, apurados pela agência e as operadoras, refletem um aumento de 67%. Em meados de 2010, pesquisa com um terço dos celulares ativos projetou que 12% eram clandestinos.
Para os fabricantes no país, a perda anual é de R$ 1 bilhão --ou 20% das vendas de aparelhos originais. Em 2008, era 10%.
Para especialistas, o crescimento decorre do momento favorável da economia. Além disso, as operadoras não vendem telefones que aceitam mais de um chip simultaneamente --para não abrir caminho para os concorrentes. Isso impulsionou os modelos clandestinos.
A situação chamou a atenção do MPF (Ministério Público Federal) em Guarulhos, que prepara uma ação civil para obrigar as teles a "desligar" esses celulares --aparelhos certificados adquiridos no exterior ficariam fora.
Editoria de Arte / Folhapress | ||
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