quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Celulares  falsificados podem ser bloqueados pelo Ministério público Federal



Os chamados xing-ling (aqueles MP7, MP19 ou MP-qualquer-número-aqui), aparelhos semmarca e que muitas vezes copiam designs de marcas famosas, caíram na graça do povo brasileiro já faz algum tempo por serem extremamente baratos. Por esse motivo, eles então acabam sendo comprados  por pessoas que não têm condições financeiras de comprar um smartphone original mas também não querem um celular mais simples que só faz ligações e manda SMS. Essas pessoas correm o risco de ficarem com seus celulares mudos no futuro.

Por serem falsificados, os aparelhos não contam com a certificação da Anatel  e por isso são proibidos de funcionar no país. E não são poucos: segundo o levantamento da Folha, mais de 20% dos números pós-pagos no Brasil usam aparelhos falsificados. Esse percentual sobe para 40% quando falamos apenas de números de pré-pagos e só na região do Rio de Janeiro e São Paulo, os dois maiores estados com usuários de celular no país. Por isso o MinistérioPúblico Federal está preparando uma ação civil que pode fazer com que eles sejam bloqueados para ligações, desestimulando sua comercialização e uso.
MP-sei-lá-quanto com lugar para 4 cartões SIM
O Ministério, no entanto, ainda não sabe exatamente como esse bloqueio seria feito, mas já tem ao menos duas cartas na manga. A primeira é dar uma senha para cada pessoa que tem um celular no Brasil, atrelando um cartão SIM a um celular específico, o que complicaria a troca de cartão SIM. A segunda é pedir para as operadores bloquearem os IMEIs (números identificadores do aparelho) falsificados, muitas vezes usados nos xing-ling. Mas as próprias operadoras detectam que há aparelhos falsificados usando IMEIs genuínos e bloquear esse número poderia deixar clientes com aparelhos originais sem poder fazer ligação.
No ano passado as fabricantes estimam que o prejuízo com celulares falsificados chegou a R$ 1 bilhão de reais. Faço coro com o Felipe Ventura, do Gizmodo Brasil, que diz que uma redução de impostos por parte da Receita Federal poderia muito bem ajudar a diminuir esse prejuízo.

22 DE AGOSTO DE 2012
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Combate aos xing-lings: celulares chineses podem ser bloqueados de fazer ligações no Brasil

POR -  14 FEV, 2011 - 12:51
263 COMENTÁRIOS
Você deve ver muita gente por aí usando seus MP5/7/30 pra fazer ligações. Isso porque 20% das linhas de celular no país usam aparelhos sem certificação da Anatel, segundo apurou a Folha. Como celulares assim são proibidos por lei de operarem no Brasil, o Ministério Público Federal quer “desligar” esses celulares. Ou seja, seu xing-ling poderia de repente parar de fazer e receber ligações, não importando a operadora.
O MPF em Guarulhos prepara uma ação civil para combater os xing-lings. Mas como separar as cópias chinesas dos aparelhos oficiais? Isso não é tarefa fácil. Uma ideia do MPF é fornecer uma senha pra cada pessoa que usa celular: com essa senha, cada aparelho ficará associado a um chip. Com esse cadastro, daria para saber se o aparelho é legítimo ou não; celulares sem certificação da Anatel seriam bloqueados. Há problemas claros nessa solução: cada aparelho fica associado a um chip – e se eu trocar o chip do celular? Mas o procurador Matheus Magnani lembra que esta é uma alternativa possível, não definitiva.
Outra forma de identificar esses celulares fora-da-lei seria pelo IMEI, pelo número de registro único a cada aparelho. A operadora tem acesso a esse número quando você se conecta a ela, então é possível bloquear aparelhos com IMEI falsificado. Só que, desde o ano passado, as operadoras têm detectado aparelhos falsificados com IMEI autêntico – então bloquear esses aparelhos não é tão fácil quanto parece.
O bloqueio aos xing-lings não está decidido ainda, então não tem data para acontecer – depende do resultado da ação civil do MPF. E a medida não deve afetar aparelhos legítimos adquiridos no exterior.
Combate aos xing-lings
Os xing-lings ganharam bastante mercado nos últimos anos. É, os aparelhos têm durabilidade menor, podem causar riscos à saúde (por não terem sido testados) e não têm galantia, né? Mas, além de serem mais baratos que as alternativas oficiais, muitos deles comportam dois chips – o que é bom para clientes pré-pago que querem aproveitar promoções de duas operadoras, por exemplo.
E os vendedores parecem lucrar bastante com o negócio: segundo a Folha, um lojista de celulares xing-ling faturam R$80.000 em média, e o lucro dá cerca de 60% desse valor. Quem sai perdendo são as fabricantes dentro da lei: ano passado, as perdas estimadas com a venda de aparelhos xing-ling foram de R$1 bilhão, ou 20% da venda de aparelhos originais.
O problema não é exclusivo do Brasil – segundo a consultoria Gartner, a venda de aparelhos “paralelos” corresponde a 20% da venda de originais no mundo todo. Mas o combate aos aparelhos chineses no Brasil continua: além das operações da Polícia Federal, como a que vimos na Avenida Paulista semana passada, a Receita Federal está desenvolvendo software para decidir automaticamente quais contêineres fiscalizar (não dá pra fiscalizar todos), para combater a entrada ilegal de eletrônicos no país.
Claro, a Receita e a PF poderiam economizar esforços se o governo baixasse os impostos de importação, deixando as alternativas legais mais acessíveis. Se a ideia do imposto de importação alto é estimular a indústria brasileira, parece não estar dando muito certo: afinal, muita gente continua importando, mas sem pagar o imposto extorsivo. Pensem nisso. [FolhaFSP (somente para assinantes)]http://www.gizmodo.com.br/combate-aos-xing-lings-celulares-chineses-podem-ser-bloqueados-de-fazer-ligacoes-no-brasil/

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14/02/2011 - 05h00

Celulares clandestinos já são 20% do total

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DE SÃO PAULO
Hoje na FolhaA invasão de celulares clandestinos da China virou problema para as teles. Hoje, 20% das 202,9 milhões de linhas no país usam aparelhos sem certificação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), informa a reportagem deJulio Wiziack e Camila Fusco publicada na edição desta segunda-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Entre os clientes pré-pagos, o índice atinge 40% em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
Os números, apurados pela agência e as operadoras, refletem um aumento de 67%. Em meados de 2010, pesquisa com um terço dos celulares ativos projetou que 12% eram clandestinos.
Para os fabricantes no país, a perda anual é de R$ 1 bilhão --ou 20% das vendas de aparelhos originais. Em 2008, era 10%.
Para especialistas, o crescimento decorre do momento favorável da economia. Além disso, as operadoras não vendem telefones que aceitam mais de um chip simultaneamente --para não abrir caminho para os concorrentes. Isso impulsionou os modelos clandestinos.
A situação chamou a atenção do MPF (Ministério Público Federal) em Guarulhos, que prepara uma ação civil para obrigar as teles a "desligar" esses celulares --aparelhos certificados adquiridos no exterior ficariam fora.
Editoria de Arte / Folhapress
Editoria de Arte / Folhapress
Leia a reportagem completa na Folha desta segunda-feira, que já está nas bancas.


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